sexta-feira, 12 de junho de 2015

O abraço que mudou minha vida


Eu sempre gostei de abraçar. Abraço forte, apertado, sincero. Gosto de abraçar pra pessoa perceber o quanto eu fico feliz em vê-la. Me sinto bem fazendo isso, sabe? Ver que a pessoa se sente contente por um apertãozinho me faz mais feliz ainda. Só não sabia que você ia gostar tanto assim.

Festa Junina do ano passado. Por nenhum motivo especial me arrumei mais do que o normal pra quem vai pra uma barraquinha. Sem modéstia, eu tava gata. Passei meu perfume favorito e fui. Só não sabia que eu iria te encontrar lá. O garoto - agora cara - que não saía do meu portão. A razão da cara feia do meu pai em algumas tardes. E dos meus sorrisos em muitas delas. Não que eu te amasse ou algo assim. É só que a sua companhia sempre me alegrou. E nem tem nada a ver com os beijos tímidos trocados na adolescência por nós dois.

O fato é que quando te vi, eu realmente fiquei feliz. Fazia bem uns anos que eu não te via. Você tinha se mudado e sumido da minha vida. Essas coisas que acontecem com todo mundo. Te abracei apertado, com vontade, um abraço que encaixou direitinho e nem tinha segundas intenções. Era só o reflexo do quanto eu sempre, sinceramente, te quis bem. Só não imaginava que essa seria a chave pra aproximar nós dois.

Meu perfume no seu casaco. Um pedido de amizade no Facebook, mensagens trocadas pelo whats app e agora, um ano depois do abraço, um desejo de "Feliz Dia dos Namorados". É até difícil de acreditar que só precisou de um reencontro para que o amor embarcasse na nossa vida e nos juntasse.

Hoje, tudo que faço é pensar em caminharmos juntos e ficarmos juntos. Olho nos seus olhos e percebo contente que a alegria estampada ali é a mesma que vejo nos meus. Já passamos por tanta coisa em tão pouco tempo que não dá pra acreditar que somos tão felizes. É só que parece certo sermos um do outro, sabe?


Tudo que eu desejo agora é mais. Mais dos nossos abraços, mais dos nossos beijos, mais das nossas alegrias. Mais de tudo que temos e que soma sem nos dividir. Quero um dia contar pros nossos netos o quanto o avô deles me faz sentir especial e o quanto foi bom construir a vida juntos. Vida que, eu espero, continue sendo cheia de amor. E se Deus quiser, com mais abraços apertados que continuam mudando a minha vida.


Thalyne Carneiro