quinta-feira, 25 de abril de 2013

O Efeito Dele Sobre Mim



Ele olha para mim. O mundo para. De repente não há mais ninguém. Só eu e ele. Não escuto nada, o mundo faz silêncio e tudo parece ficar mais feliz. Meus olhos encontram os seus e não consigo não sorrir. Seus lábios viram um reflexo dos meus, abrindo no sorriso mais lindo que eu já vi. Você começa a vir até mim e quando os seus braços ficam em minha volta, meu coração para de bater, para em seguida bater descompassado.

Enquanto ele fica aqui, minhas bochechas ficam tanto tempo sustentando o meu sorriso que depois que ele se vai, doem. Mas eu simplesmente não consigo parar. E enquanto escuto ele falar, cada centímetro do meu corpo presta atenção, como se a voz dele fosse uma espécie de feitiço que me faz acreditar que não há coisa melhor no mundo inteiro.

Rio do que você fala, de você e com você. Sua risada gostosa faz um calorzinho no meu peito aparecer e me assusto por uns momentos, mas aí você aperta o meu joelho e não consigo lembrar no que eu estava pensando. Você aperta o meu braço e faz outra piada, depois me dá um abraço de levinho, daqueles de lado. Com isso nem consigo lembrar meu nome.

Com você por perto, seu cheiro fica mais forte e me deixa com vontade de colocar o nariz no seu pescoço, igual já fiz tantas vezes, só pra sentir ele mais forte. Suspiro e você chega mais perto. Parece até que lê pensamento. E quando menos espero, coloca o braço por cima da minha perna, me deixando feliz por você abaixar a sua guarda, mas mantendo a cara de jogadora de pôquer, só para você não perceber o que eu percebi.

Ele beija o meu ombro, sinto o frio na barriga. Me dá um beijo no rosto e me puxa para um abraço tão apertado e inesperado que nem sei o que fazer. No meu ouvido, sussurra um "tenho que ir". Fico meio triste, mas respondo apenas com um "já?", que me faz ganhar mais um sorriso daqueles de tirar o fôlego. Você me solta, diz mais alguma coisa sem importância e me abraça de novo. Sinto o seu nariz deslizar pelo meu pescoço, enquanto seu cavanhaque que gosto tanto me faz cócegas.



Ficamos nisso por um tempo. Cada abraço seu envia um choque cada vez mais gostoso pela minha coluna. Você diz algo sobre querer ficar e ganhar mais abraços, e eu respondo num sussurro que você não precisa ir. Mas o mundo não para e o tempo passa. Com um sorriso bem menos empolgado, me despeço de você e vejo a melhor coisa do mundo indo embora, torcendo silenciosamente pra que não demore muito para vê-la de novo.

Thalyne Carneiro

quinta-feira, 18 de abril de 2013

S2

S2

Corações

Diversos corações,
Corações abertos e fechados,
Alegres e tristes,
Derretidos e rancorosos.

Ele pulsa:
Sangue,
Vida,
Dor ou amor.

A cada “Tum-tum”
Um novo sopro,
Uma renovação.

Diversos corações,
Assim como diversas emoções,
Assim como diversas pessoas.

Um coração,
Só um encaixa,
Só um completa
E é justamente o seu!


Anne Rangel

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Kant o Bem

Não é do nosso feitio postar coisas que não são nossas aqui no blog, mas assisti esse vídeo e achei sensacional. O Apachi, é meu amigo de faculdade e escreveu essa música, achei-a de uma letra maravilhosa, além da batida ser muito gostosa de ouvir. Espero que gostem!


Beijos e bom aproveito!          


Thalyne Carneiro



quinta-feira, 11 de abril de 2013

Balada dos solitários


Conto até dez antes de mandar o último sms, A minha última palavra para você. Minha última resposta. Meu último ponto final para uma coisa que você nem sabe que acabou. Depois disso o silêncio. As mensagens chegam, o telefone toca, a janela do facebook pisca, avisando que tem mensagem sua. Não respondo. Depois de um tempo você desiste, ou em casos raros, vem atrás de mim. Cara de jogador de pôquer, desculpas vazias e fim da história. Mais um amor tem um fim. Mais uma história que nem começou, acaba.

Fama de mulher canalha e um número considerável de pretendentes. Eles nunca sabem o que vai acontecer e quando descobrem, ganho a fama de sangue frio, cruel, ou má. Viro a vilã da história em segundos. Quem vê essa fachada de confiante, não sabe o quanto dói ver um coração quebrar na sua frente. Ver um sorriso murchar e a vontade ingênua de mostrar para mim nas redes sociais que já "estão em outra" ou que não dói sentir o "pé na bunda".

Não que eu me arrependa da decisão, "mandar pastar", como eu carinhosamente chamo, é a minha forma melhor de não alimentar esperanças, não fazer o pobre rapaz cogitar a possibilidade de me tornar o nome linkado do "em um relacionamento sério com" do facebook. Ou evitar que as suas mãos comecem a ficar geladas e seu estômago com borboletas só de pensar em mim. Não quero fazer isso a ninguém. De verdade.

Acontece que meu coração criou resistência a querer alguém, só de pensar nele disparando por um sorriso, meu peito dói, se recusa e foge desesperado para se esconder na segurança das minhas costelas. Me pergunto o que será pior, amar sozinho ou não amar ninguém. A solidão soa mil vezes pior quando a gente sabe que não é por escolha e que não pode ser revertida. Isso é desesperador.

Mas sabe aquele vazio no peito? Aquela sensação de que falta alguma coisa? Vou te contar um segredo: ela nunca passa. A gente tenta se iludir, dizendo que ficar só é maravilhoso (em algumas coisas realmente é muito bom), mas nunca é tão legal. A falta de alguém para mandar uma sms de boa noite nas noites frias ou alguém pra te abraçar porque você teve um dia difícil, incomoda e fica te cutucando para lembrar que a solidão nunca é satisfatória.


O que me conforta é saber que tem gente no mesmo barco que eu. Gente que prefere ficar só a sofrer em um relacionamento unilateral ou se amarrando em alguém, que a gente simplesmente sabe que não vai dar certo, só para não ficar sozinho. Gente que apesar dos pesares só tá esperando a pessoa certa, mesmo que isso signifique encontrar com alguns errados pelas esquinas do acaso. Ficar sozinho nunca é fácil, é preciso coragem. E acima de tudo esperança. Esperança de que de errado em errado, acabaremos topando com o "certo" por aí. Mas quando estivermos prontos, simples assim.


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Frios!

Nesses frios recorrentes,
em que até o Sol se esconde,
se não fosse o calor dos Corações batendo
ainda estaria tudo simplesmente Congelado...

Esquecido,




até que o mínimo sentimento fosse inflamado
para trazer tudo a tona:
a Beleza, a Cor, a Vida.

Pensando bem...





Talvez ainda estejamos nesses tempos de Inverno!

  



Anne Rangel