quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Adivinha!


- Tudo bem! Vocês têm um minuto! Podem começar!

- Certo. É um camelo! Não... Um cavalo? Hum... Como assim? Não consigo entender. De quatro patas?! Hum... Não, não é isso... Ah, já sei!! É um filme. Tá... Crepúsculo? Também, não? Jurei que era o viado do começo. Me enganei... Jurassic Park, então. Não?!?! Mas parecia tanto...

- Faltam 30 segundos!

- Tenta de outro jeito não tá dando. Tá tem um casal? Hum... Então é um romance. Um Amor Para Recordar? Não? Cartas para John? Também, não?!? É... Hum... Alguém no filme morre?? Peraí... Romeu e Julieta? Como assim não é Romeu e Julieta?! Tem que ser! A Bela e a Fera?? Como não??

- O tempo acabou! O nome do filme era Titanic.

- Cara, como é que você não adivinhou?

- Desculpa, eu avisei que não sou bom com mímicas.

Thalyne Carneiro


domingo, 25 de dezembro de 2011

Pequenas Explosões

E essa mania de achar que o novo só aparece junto com os Fogos de Artifício??


O Novo vem mais do que a cada renovar dos anos,
ele vem a cada suspiro,
a cada piscar,
em todo pensar!!

Anne Rangel

domingo, 18 de dezembro de 2011

A Verdade Sobre Você



Sinto um vazio no meu peito. Tento me enganar, fingindo que não sei qual é a razão para ele está aqui. Fico me perguntando o que vou fazer quando não tiver mais como afugentá-lo para longe de mim, pois a única solução é me levando para perto de você.


Bochechas coradas e uma alegria imensa por ver você, é isso que faz o vazio ir embora. Mas é só isso, meu coração não dispara e meu estômago não revira. Nem aquela deliciosa fraqueza que eu sentia nos joelhos aparece. É só isso. Alegria.


Não vou mentir dizendo que não sinto sua falta. Nem dizer que não ligo se eu não te vejo. Cansei de tentar mentir para mim, não funciona mesmo. Eu bem sei o que se passa nos meus pensamentos e no meu coração quando você está perto. Sei exatamente o que eu quero. E é você.


Não, não estou perdidamente apaixonada e nem de longe te amando. De jeito nenhum. Depois da última vez, não deixo meu coração fazer isso comigo com tanta facilidade. Mas quer saber? Eu admito. Eu gosto de você, quero ter você para mim, nem que fosse por um curto espaço de tempo. E não tô ligando para a insanidade do significado disso.


Sei que não é você que vai me jurar amor por uma vida e me dar uma casa e filhos. Tô cansada de fingir e mentir para mim mesma sobre o assunto. Se você está me conquistando eu vou deixar ser conquistada. Parar de lutar contra a maré e navegar um pouquinho. Afinal, não é uma pequena parada que vai causar um desvio de rota, é apenas um descanso para continuar seguindo em frente.


Thalyne Carneiro

sábado, 10 de dezembro de 2011

Não irei voltar



Quantas vezes eu vou ter que dizer adeus?
Não vê que dói de mais te deixar assim?
Pode crer eu te amei, mais você não respondeu, dei tudo de mim e você nem aí.
Agora que tudo acabou, quer se desculpar, eu conheço essa historia já sofri de mais e não vou voltar.
Quantas vezes não dormi querendo saber onde você está.
Agora é você que vai chorar, vai sentir o que eu senti e vai compreender, que no amor você se dá para receber e que não vai ser qualquer um que vai te esperar até voltar.
Tenho coração,tenho sentimentos, não pode brincar assim com alguém que te quis ao lado.
Você não me deu carinho, não me deu atenção, agora é você que vai morrer na solidão,não precisa me esperar, por que não vou voltar, vou procurar nos bares dessa vida alguém que queira me amar.
Não vou mais derramar nenhuma lágrima,pra você sou um deserto de amor.Agora vou procurar alguém que me traga a vida.
Vou ser feliz sabendo que alguém se importou, e espero te encontrar um dia, para ver como você ficou, depois de me deixar em frangalhos, jogado, implorando amor.
Quero ver como ficou aquela que tanto me desprezou, que depois se arrependeu e voltou pra procurar o meu amor.
Não vou chorar por mais ninguém que não me queira bem, não vou desperdiçar a minha vida esperando você chegar.
Sofri, mas aprendi que nem sempre vão me amar.
E agora vou viver para procurar alguém que me ame, como eu te amei, mas que não me deixe esperando na cama, que venha sempre que eu chamar, eu vou encontrar quem saiba me valorizar!
Me usou depois jogou fora, se arrependeu e me quis de volta.
Desculpe mais foi tarde de mais, agora quem não quer sou eu, vou viver a minha vida e esperar a pessoa certa chegar, pois sei que ela não vai me fazer chorar, não me procure nem fale no meu nome, já esqueci ate seu telefone, agora eu vou ser feliz de verdade, vou amar a quem me ama na realidade nem vou lembrar que um dia te amei, só vou lembrar que fui melhor do que você mereceu.
E agora vou viver para procurar alguém que me ame, como eu te amei, mas que não me deixe esperando na cama, que venha sempre que eu chamar, eu vou encontrar quem saiba me valorizar!

Anne Rangel

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Surdez Momentânea



Escuto meu coração e ele diz que eu preciso esperar, mas minha cabeça não pára de dizer que eu tenho que cair fora o quanto antes, já que meu coração pode ser seu a qualquer momento. Isso definitivamente me preocupa.

Sua presença deixou de ser um mero acaso, para se tornar um fato muito importante. Você me faz querer ter o meu telefone por perto o tempo todo. Gosto de quando você ignora qualquer outra pessoa para conversar comigo. Ou faz questão de dizer para mim o que você quer fazer ou fez no final de semana.

Quero muito continuar me enganando que eu não sinto nada, que ver ou falar com você não muda em nada o meu dia. Que saber que você me ligou ou atender uma ligação sua não faz tudo ficar mais bonito. Não quero acreditar que eu gosto de falar para você tudo de bom que acontece comigo. E nem dizer para alguém o quanto eu gosto de ouvir você dizer que a tal fulana não tem chance, porque sei que ela gosta de você.

O problema todo é que eu não sei o que pensar sobre você, você realmente é educado com todo mundo, sorri até para os velhinhos que passam dando bom dia. Mas você não me trata como trata todo mundo. E eu não sei o que pensar disso. Porque eu não sou “uma” eu sou “a” para você. E essa sua preocupação em me agradar realmente é estranha.

Sinto dizer cabeça, mas esse coração já quer ser dele e eu não gosto disso tanto quanto você, mas o que eu vou fazer?  A culpa é dele. Não tenho culpa se ele é tão charmoso, engraçado ou não consegue ficar sem falar comigo. Nem das coisas fofas que ele fala, ou das atitudes que me fazem suspirar sozinha depois, infelizmente tenho que dizer que estou balançada sim.

Fico então, esperando pela frase ou a atitude maravilhosa que me fará feliz. Tentando tirar você da minha cabeça. Por enquanto, meu coração vai ser enclausurado e devidamente armodaçado. De jeito nenhum vou seguir a esses caprichos dele. Tentando me convencer de que não quero você sempre, mas só as vezes.

Thalyne Carneiro

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sem entender... Sinta!


            
Sonhos... Frio... Medo...
Calor... Saudade... Utopia...
Amor... Fantasia... Sensação!
Beijo... Abraço... Amasso...
Amizade... Paixão... Amor...
Ilusão... Desejo... Realidade ou não?

Vi, viu, vimos,
Toquei, tocou,tocamos,
Senti,sentiu,sentimos,
Beijei,beijou,beijamos,
Amei,amou,amamos,
No passado, no presente e espero que no futuro!

Juntos de mãos dadas a passear,
Juntos de mãos dadas a brigar,
Juntos de mãos dadas a conversar,
Juntos de mãos dadas a enamorar,
Juntos de mãos dadas,
Juntos!

De varias formas nos apaixonamos,
De varias formas nos importamos,
De varias formas vivemos,
De varias formas choramos,
De varias formas ficamos,

De varias forma, juntos, criamos!

Anne Rangel



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Perfume




Mais um dia comum. Peguei o ônibus de sempre, na parada de sempre e sentei no lugar de sempre, com as pessoas de sempre. Até então, nada de diferente. Olhei pela janela para ver a paisagem já tão conhecida por mim e então eu senti.

O cheiro. Não qualquer cheiro. O Dele. Não sei nem descrever como ele é exatamente, mas sei que reconheceria mesmo que se tivesse passado 80 anos e não apenas 1. Automaticamente eu levantei a cabeça para ver quem era o dono daquele cheiro maravilhoso. Mas não havia ninguém de diferente e absolutamente ninguém havia passado por mim.

Aproveitei  para sentir aquele pedacinho “mágico” de você perto de mim de novo, fechei os olhos e fiquei ali respirando o seu cheiro. Foi como se você nunca tivesse saído ali do meu lado. Me lembrei das conversas, das brincadeiras e até das suas piadas fracas. Eu posso jurar que cheguei até a ouvir a sua voz no meu ouvido.

Inalei o cheiro de novo, dessa vez com mais força e lembrei do jeito que você me olhava, do modo que a sua testa franzia quando você não entendia o que eu dizia para você. Eu lembrei da sua gargalhada e até do seu jeito de implicar comigo.

Mais uma respiração e o cheiro ficou mais forte. Então, tentei procurar me lembrar onde eu tinha sentido o seu cheiro tão forte assim e porque eu senti esse calorzinho dentro peito, que me fez ficar viva de novo. Mais do que viva, inteira.

Foi como se eu estivesse lá, de volta naquele beijo com você. Pude sentir de novo até mesmo o frio na barriga daquela hora. E aí eu me assustei, porque percebi o quanto eu sinto a sua falta. Não porque eu te ame, até porque esse sentimento nunca existiu entre nós, não como casal, pelo menos, mas eu sei que cada célula do meu corpo quer você e sabe que você é perfeito para mim.

De repente, o cheiro mudou de lugar e eu abri os olhos. Aquele perfume que eu nem sei qual é tinha outro dono, que infelizmente tinha que descer do ônibus. Mas ficarei eternamente grata ao cara que me fez ter você de novo, pelo menos por algum tempo.

Thalyne Carneiro

terça-feira, 22 de novembro de 2011

E eu ??



Esse garoto matreiro, brincando de esconde-esconde...Ora finge que quer ora se esconde. O mais divertido é o mistério mas a dúvida permanece. E se ele finalmente falar sério o que acontece?

Anne Rangel




E eu? Vou indo com o vento...Com o tempo...Em meio a Confissões Inconscientes. Me apegando a restos de Felicidades. 


Anne Rangel

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Jogo



Olhei para você do nada e não pude deixar de pensar na minha cabeça a frase padrão para esses casos: “Meu Deus, que menino lindo!”. Claro que comecei a procurar você toda vez que passava por lá, não sei por que, mas despertou o meu interesse logo de cara.

E então as trocas de olhares começaram. E de repente, você começou a sorrir para mim. E eu notei que era um sorriso lindo, daqueles de tirar o fôlego e fazer ruguinhas nos cantos dos olhos. O meu tipo favorito de sorriso. E claro, me fez sorrir para você também. Mas como toda menina impaciente, não sou de ficar quieta no meu canto. Sou daquelas que se perder a paciência toma a atitude mesmo. Fala logo e pronto. E foi o que eu resolvi fazer. Não alguma coisa exagerada, claro que não. Tenho bom senso. Só dei meu telefone para você e a ligação de volta nunca aconteceu. Simples assim. Porque você é um jogador.

Vou definir um jogador para que os homens não fiquem perdidos. Um jogador é aquele que sabe exatamente o que está fazendo. Conquista as menininhas com um simples olhar. Deixa todas elas suspirando, mas se você quer fazê-lo perder o interesse, tome uma atitude. Ele simplesmente vai embora, porque o que ele mais gosta é a parte da conquista.

Larguei de mão obviamente. Nunca tive paciência para joguinhos. Na minha opinião, é desperdício de tempo. E comecei a tratar você como deveria, não simpaticamente, só educadamente. E você notou, e claro que começou a provocar. E como me provoca! Faz exatamente o que espero que homens façam. Tudo isso para chamar a atenção para si de volta. E sei como isso é perigoso. E eu achei... Interessante.

Sim, você leu direito. A garota que não suporta joguinhos simplesmente ficou louca para brincar. E eu sei exatamente o por quê. Mulheres como eu são competitivas. Topam até uma corrida até a esquina porque gostam de ter aquele sorriso na cara de quem venceu. E é aí que tá o problema. Não que eu queira algo sério com você. Mas se você quer jogar, eu vou jogar. Mas quero comentar que é bom tomar cuidado. Mexer com o meu lado perigoso nunca é boa ideia. Só para constar.

Thalyne Carneiro

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

*-*


Querido,


O chuveiro esta queimado, o cachorro não para de latir e seu filho fica perguntando onde você está, a que horas vai chegar e que surpresa irá trazer. Confesso que também gostaria de saber mas a muito já desisti.
A grama precisa ser  aparada, os móveis trocados de lugar e seu filho ainda quer saber onde você está, eu lhe respondo que está trabalhando “onde mamãe?”, eu também não sei filho.
Dinheiro não falta, posso comprar outro chuveiro, ao cachorro posso dar carinho, levar para passear, posso também chamar um jardineiro e posso eu mesmo rearrumar os móveis. Nosso filho ficaria satisfeito se eu o enganasse com mentiras, mas eu ainda não sei mentir para mim mesmo.
Não falta comida, educação, lazer, falta algo mais importante. Falta uma parte de amor, falta algum carinho, falta presença. Falta um marido, um pai, um dono, falta você.  De minha parte faço o que posso.
O que posso fazer é cuidar com carinho de minha mascote, de minha casa e de demonstrar o amor incondicional que sinto pelo meu filho. Tudo “meu” mas deveria ser “nosso”, nossa família, mas se você não cuida não te pertence.
Estou com saudades e só resta você voltar. Basta organizar suas prioridades e seu tempo, tudo ainda estará aqui quando estiver pronto para vir. Só não posso garantir o sentimento, que por hora existe, pois o tempo nos ajuda a esquecer e a dor cega nossos olhos quando a presença de quem amamos já não é real.

                                                       Ainda te amando
                                           
                                                       Assinado: Sua Família.



Anne Rangel

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ponto Final



Eu a toa na internet, sem nada para fazer. Dô uma olhada no meu twitter, no facebook, abro o MSN... E continuo sem nada para fazer.  Mas de repente, sobe aquela janelinha simpática do MSN dizendo que você está falando comigo.

Por um tempo não acreditei, devia ser alucinação pela falta do que fazer. No mínimo comi alguma coisa que afetou meu cérebro, porque não era possível. Então, você falou outra coisa. E eu resolvi responder, não dá para ficar viajando enquanto você espera uma resposta. Eu disse “oi”. E a gente começou a conversar.

Há uns meses atrás, essa janelinha subindo significava muitas coisas para mim. A começar por aquele infarto que eu dava só por causa de um “olá”. E o frio na barriga, então? Sem contar a suadera fria e a incapacidade de falar alguma coisa. Sim, eu gostava de você, mais do que devia, admito. Você não vale nada e eu sabia disso, mas mesmo assim era louca por você.

Mas enfim, a conversa continuou. Li tudo que você falava sem acreditar que eu achava isso legal, ou engraçado. Comecei a pensar, como você pode ser tão bobo. Tive que concordar com a minha melhor amiga, eu realmente não mereço isso. E de repente, surgiu o gancho para eu jogar uma indireta, não porque quero ficar com você, longe disso, posso dizer com toda certeza que superei.

Joguei a tal da indireta, sobre o que já aconteceu entre a gente. Sim, caro leitor, eu já fiquei com o infeliz e não me orgulho disso. E ele ficou sem palavras. Nenhuma palavra se quer sobre isso.  Passaram-se vários minutos, e nada dele responder. E eu já rindo aqui do meu lado do computador. E de repente, você me veio com a desculpa do “Meu pai tá me chamando aqui, peraí”

E sabe do melhor? Não me senti culpada, ao contrário, me senti aliviada, porque tive certeza que não gosto mais nenhum pouquinho de você. Afinal, você nota que não é mais a fim do cara, quando pára de medir as palavras e as consequências das suas atitudes.


Thalyne Carneiro

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Não está só


        

Despontou no céu
O belo imperador,
Irradiou do alto,
O belo protetor.

É só olhar
Pro arco
Com estrelas mil,
Não estás sozinha meu amor

Pois está no meu Brasil,
Brasil de muitas águas,
Almas e florestas,

Brasil que Deus
Ampara,
Brasil de
Muitas festas.

Mas preste
Atenção no
Que vou
Lhe dizer,

Até as
Estrelas
Um dia
Vão morrer.

Quando eu deixar
Saudade não chores,
Pois não estás sozinha

Estás no meu Brasil,
Brasil de muitas águas,
Almas e florestas,

Brasil que Deus
Ampara
Brasil de
Muitas festas.

Mas não esqueças
De mim
Lembre com carinho

Que lá no céu,
Amada filha minha,
Te verei com orgulho
Andar na passarela

De areia
E sol quente
Mas sempre bela.

Despontou no céu
O belo imperador,
Irradiou do alto,
O belo protetor,
Ai meu Deus do céu,

É só olhar
Pro arco
Com estrelas mil,
Não estás sozinha meu amor

Pois está no meu Brasil,
Brasil de muitas águas,
Almas e florestas,

Brasil que Deus
Ampara,
Brasil de
Muitas festas.


Anne Rangel

sábado, 15 de outubro de 2011

E se....


Eu já tive amores e também já tive amigos. Sim, tudo divididinho assim. Igual a todo mundo.

Mas aí... Aí veio você. Que chegou do nada na minha vida bagunçada e começou arrumar tudo, sempre falando o que quer e do jeito que quer. Nunca me magoou, pelo contrário. Me ajudou bastante. Na verdade, era bem engraçado ouvir um homem mostrando a sua visão dos fatos e as vezes até ensinando o que seria o certo nos meus raros momentos de dúvida.

Comecei a confiar em você e você em mim, e a gente começou a dividir as coisas mais impossíveis e engraçadas, e quando dei por mim, eu sabia toda a sua vida decorada e gravada na minha mente, sabia até quais seriam as suas reações ao que eu dizia ou pensava. Sabia até quem era a menina que você gostava e até a que você achava “gostosa” e isso nunca me incomodou.

Mas fui notando que o que eu sentia quando você estava perto de mim, a sensação engraçada que eu tinha ao sentir seu perfume ou quando você encostava em mim para me guiar para algum lugar, ou simplesmente porque precisava diminuir a distância entre nós para compartilhar algo “secreto”, era diferente do que eu sentia perto dos meus outros amigos. E eu gostava até demais disso.

Se eu comecei a gostar dele? Claro que não. Eu ainda gostava do outro. Aquele lá que ele me ajudava a conquistar devagarzinho. Mas o que era então? Atração física, com toda certeza. Eu não tinha dúvidas, mas não queria bagunçar nossa amizade desse jeito.

E então surgiu a ideia. O “E se...”. Mas logo afastei isso da cabeça, você gostava dela, né? Não era certo. Entretanto, não deixei de notar que talvez essa ideia passasse pela sua cabeça também, afinal, as piadinhas e frases de duplo sentido, as famosas indiretas começaram a vir da sua parte também. E resolvi tentar então, o que mais poderia acontecer?

Você aceitou de cara, é claro, e foi bom. Na verdade, foi muito bom. Tão bom que bagunçou a nossa amizade perfeita e agora a gente nem sabe mais o que é isso.

Se eu gosto de você? Não, ainda não. Mas eu queria na verdade. Mas eu sei, que enquanto o meu coração machucado e o seu quebrado não quiserem tentar de novo, continuaremos assim, sem pensar mais uma vez no “E se...”, e sem saber exatamente o que somos um do outro ou que vamos fazer sobre isso. E o mais estranho, é que eu realmente gosto disso.




Thalyne Carneiro

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Matéria


Não sei se eu já disse isso aqui, mas eu faço faculdade de Comunicação Social, coma habilitação para Jornalismo! :D
Lamento, mas agora vocês servirão de cobaias para as minhas matérias! Kkk'
Espero que gostem!

Beijos,
Thalyne Carneiro
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Adoção de crianças por casais homossexuais: problema ou solução?

Com a decisão do STF de se reconhecer o casamento homossexual oficialmente, outras discussões como a adoção de crianças por homossexuais tem surgido e suas conseqüências para a sociedade.

No Brasil, existem muitas casas de adoção, cheias de crianças esperando por uma família. Com a decisão do STF de legalizar a união homoafetiva, há indícios de que essas crianças possam ter um lar mais rapidamente. Entretanto, há uma série de fatores que não se podem ignorar quando se trata do desenvolvimento das crianças.

Um dos principais problemas levantados seria a dificuldade que uma criança pudesse ter ao identificar a figura paterna e materna em sua família, já que essa não seguiria os padrões da maior parte da sociedade. Porém psicólogos afirmam que mesmo em uma família formada por casais homossexuais, essas figuras de autoridade estariam bem claras, não gerando confusão na cabeça dela. Necessariamente, os pais também deveriam explicar a essas crianças as diferenças óbvias, para que elas possam compreender e não se sentirem deslocadas em seu meio.

Algumas entidades e organizações ficam com receio de que a decisão do juiz não seja baseada no que a criança quer, mas só nos interesses dos pais adotivos que ela possa ter. A Drª Luísa de Marillac, Promotora da 4ª Cível da Promotoria da Infância e Juventude do Distrito Federal, explica que isso não é verdade, pois uma adoção “é baseada nos interesses do adotante e do adotando”, sendo portanto uma decisão pensada e estudada por diversos profissionais, a fim de que haja um vinculo parental entre as partes.

Outro fator para essa discussão é a influência da opção sexual dos pais na criança. Usa-se comumente o argumento de que elas poderiam vir a se tornar homossexuais por conviverem diretamente com essa realidade. Entretanto, essa influência não tem um peso considerável, já que filhos de casais heterossexuais fazem a opção de se relacionar com pessoas do mesmo sexo em alguns casos.

Embora alguns veículos de comunicação afirmem que as principais religiões do Brasil, o catolicismo e o protestantismo, sejam contra a adoção de crianças por casais homossexuais, isso não é verdade. Por motivos éticos essa decisão não é vista como motivo de protestos, já que as crianças adotadas teriam um lar e cuidados. O que não se tem muito claro é a diferença do que seria uma família para cada uma delas e porque não seria o ideal esse tipo de adoção.

Em ambas as religiões, uma família é constituída por um homem, uma mulher e seus descendentes. Uma união entre dois homens ou duas mulheres, portanto, não pode ser considerado de modo algum um casamento, segundo os preceitos bíblicos. Embora a adoção seja boa, o ideal para essas religiões seriam que cada criança tivesse um pai e uma mãe, mesmo adotivos, para que chegasse o mais perto do natural possível.

Já na Constituição Brasileira, desde 1988, a união entre duas pessoas, do mesmo sexo ou não, é considerada uma família. Isso se dá, devido aos arranjos feitos para que famílias “não-convencionais”, como uma mãe solteira e seu filho, fossem assistidos pela lei como família.

Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, casais homossexuais não poderiam vir a adotar uma criança, pois usa a visão religiosa de família em sua definição. Por isso, era muito comum que só um dos parceiros entrasse com o pedido de adoção e a criança. Caso aprovado, seria registrada só em seu nome, fazendo com que em muitos casos ela perdesse direitos, como à herança. Mas em alguns estados essa interpretação já se dava de forma mais ampla, usando também a Constituição para decidir, deferindo assim há alguns anos essa adoção.

Todos os segmentos - a religião, o direito e a psicologia - mais envolvidos nessas discussões ainda não chegaram à conclusão se o fato da adoção por casais homossexuais seriam ou não um problema, já que é uma mudança relativamente nova na sociedade brasileira. Mas espera-se que essa mudança não traga prejuízos, mas sim melhorias para a vida de tantas crianças desamparadas.
Thalyne Carneiro

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Contadora de Histórias

Sou apenas
Uma contadora
De histórias,

Uma contadora
De histórias
Que usa versos,

Que lapida
A palavra até
Seu brilho mais perfeito,

Que fala de 
Sentimentos com
Alguma rima.

Tudo soando
Como sinos
Aos ouvidos,

Tudo tocando
A mais profunda
Alma.

Assim como as 
Músicas embalam
Os corpos,

Toco corações
Com meu ritmo
Tímido,

Mas para aqueles
Que prestam
Atenção,

As minhas palavras
Dizem mais sobre 
Como sou,

Dizem mais 
Sobre o mundo,
Mais até

Do que os 
Grandes Discursos
Feitos para o público.

Anne Rangel

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mensagem Errada


Ah, hoje eu me irritei, mais uma vez foi uma briga com a minha mãe. Sobre? Simplesmente porque a gente sempre briga antes de conseguir chegar a uma conclusão, por sempre ter pontos de vista diferentes. Resolvi então falar tudo de uma vez, mas como?

Pensei em falar na lata para ela, dizer como me sinto e o que não gosto... Não, não vai dar certo. Ela vai querer se defender e a gente vai acabar brigando. Um bilhete? Acho que não, minha mãe só vai ver quando chegar em casa e depois vai querer discutir sobre ele comigo, uma chatice! Email? Não, também não. São linhas demais para ela responder.

Tive um ideia prática. Eu poderia mandar uma mensagem de texto no celular dela, simples, rápido e direto. E se ela responder vai seguir necessariamente a mesma linha, por falta de espaço e evita mais uma discussão. Em uma frase resumi tudo. Falei o que eu queria do jeito que eu queria e apertei enviar.

“Ai. Meu. Deus. Por que eu fui fazer isso? Agora a minha mãe vai reclamar comigo. Como pude ser tão burra? Desde quando o que os filhos falam faz sentido para os pais? Isso aí, nunca. Pronto, vai dar merda.” Eu pensei.

Esperei a resposta. Passou-se meia hora e nada. Uma, duas, três horas e nada. A princípio pensei que ela ia esperar chegar em casa para conversar comigo sobre isso. Mas ela chegou e não disse nada. Absolutamente nada. Ela nem lembrava mais da briga, pelo jeito, estava de excelente humor.

Só por desencargo de consciência resolvi dar uma olhada na mensagem de novo para ver se não foi só um exagero meu. Daí eu descobri porque ela não tinha dito nada. Na verdade, ela nem tinha lido. Eu tinha mandado para o número errado.

Thalyne Carneiro

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Trabalho ou Exploração??

Vende-se

Quem precisa de alguém para lavar sua louça?
                                     Eu me ofereço.
Alguém precisa de ajuda com o cachorro?
                                      Eu me ofereço.
Precisam de alguém que te passe a roupa?
                                       Eu me ofereço.
Alguém aí quer uma babá para teu filho?
                                      Eu me ofereço...
Estou aqui ó,
                       Aceito qualquer dinheiro ó,
                                                         Nem precisa assinar carteira ó...

Só quero alimentar os meus,
Só preciso de uma roupa simples para usar,
Só necessito de um dinheirinho para me sustentar.
            
Vendo minha força...
                                 Vendo minha vitalidade,
                                                               Minha liberdade eu vendo.

Vende-se:
A alma de um ser humano
Que só quer/precisa comer!

Anne Rangel